domingo, 8 de junho de 2008

Ricos devem "apertar o cinto", diz estudo

Europeus, americanos e japoneses deverão racionalizar ao máximo seus gastos nos próximos dois anos, nos quais uma onda de baixo crescimento e inflação elevada sufocará o poder aquisitivo dos mais ricos, advertiu durante a semana num estudo da OCDE, a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômicos. Embora Estados Unidos, Europa e Japão possam se safar de uma "estagflação" - uma situação típica de recessão, com a diminuição das atividades econômicas e aumento dos índices de desemprego, num cenário de inflação alta -, estes países devem se preparar para "vários trimestres de parco crescimento", apontou o clube de 30 países democráticos e industrializados, com sede em Paris. O relatório sobre perspectivas semestrais da OCDE também vaticinou: algumas economias de países fora da Organização vão registrar queda. Mas, globalmente, o crescimento econômico dos gigantes emergentes - Índia, China, Rússia e Brasil - continuará sendo robusto. Segundo a estimativa, a economia brasileira crescerá 4,8% em 2008 e 4,5% em 2009, contra 5,4% em 2007, seu maior ritmo de expansão desde 2004. As condições financeiras do país, diz o estudo, são sólidas e os mercados estão contornando bem a tempestade. O informe volta a citar a crise imobiliária, a disparada do preço do petróleo e os alimentos e a instabilidade dos mercados financeiros como fatores perturbadores. A OCDE revisou para baixo a previsão de crescimento para os Estados Unidos, o país mais afetado pela crise dos créditos imobiliários de risco ("subprimes") em 2008, a 1,2% do PIB, contra 1,4% nas previsões de março e contra 2% do prognóstico feito há seis meses. (das agências de notícias)
(O POVO)